O scrimshaw é uma variante da escultura no marfim, com a particularidade de ter surgido primeiramente em dentes de cachalote. Entende-se como scrimshaw as gravuras feitas manualmente sobre o marfim. Gravuras feitas à máquina ou a laser não são scrimshaw. Criar uma peça em scrimshaw consiste em riscar a superfície do marfim, criando sulcos que, posteriormente, vão ser preenchidos com tinta, formando, assim, uma espécie de "tatuagem", gerando a imagem. 

Até há pouco tempo acreditava-se que esta arte teve início no séc. XIX, pois as peças mais antigas conhecidas compreendem datas desse século. No entanto, em 2005, uma equipa de arqueólogos descobriu, na Península de Chukchi, na região do Ártico Russo, uma peça em osso de baleia com gravuras. Segundo o artigo da revista Nature, nestas gravuras consegue-se identificar um conjunto de homens com arpões, possivelmente antigos esquimós, a caçar mamíferos marinhos, nomeadamente baleias. Junto destas peças foram encontradas lâminas de sílex (pedra utilizada como utensílio de corte na época denominada Idade da Pedra). Esta peça foi sujeita a datação, revelando ter, pelo menos, 3000 anos, tratando-se, assim, da mais antiga gravura encontrada até hoje em osso destes mamíferos. Apesar de não ser uma peça em marfim, mas sim em osso, a gravação sugere que a técnica utilizada é a mesma do scrimshaw: gravação por sulcos que são, posteriormente, preenchidos com tinta.


 

 

 

 
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